Passado VS Presente

Neste silêncio, os meus segredos ganham vida e tornam-se maiores. Eu tento escondê-los mas, acho que já não há necessidade de guardar tudo para mim. Às vezes, é bom partilhar...

“Para sempre” é apenas um segundo para mim, por isso, tenho medo de me entregar por inteiro, voltar a abrir o meu coração para alguém. Eu não sou a rainha do complicação, claro que não quero sentir-me assim… Sei que ainda sou jovem mas estou cansada.

Consegui esquecer um passado que pensei que fosse memorável. Não quero decepcionar ninguém. Quero aquele abraço para me acolher, quero aquelas nossas gargalhadas para me divertir.

Hoje, salto e grito de tanta felicidade… felicidade que não cabe no peito, reflecte-se no meu sorriso… é algo que não consigo esconder. Mas ao mesmo tempo, não sei se mereço ou se sou capaz de cuidar de algo que parece ser tão especial.

Não quero agir por impulso, quero agir da melhor forma, a forma que alguém merece!

(Adriana Veloso)

O sorriso do meu coração

Deixa-me olhar-te, dizer-te o quanto gosto de ti, dar-te um abraço bem apertado e mostrar que te admiro! Espero que estas palavras te alegrem... pois tu és o sorriso do meu coração!
Eras tu quem estava do meu lado quando tudo começou a desmoronar. Muitos me abandonaram, por isso, obrigada por nunca me deixares cair no chão.
És linda porque tens a capacidade de amar e encontrar num simples amigo uma grande amizade. Amo-te por pores as mãos no meu coração abismado e, não dares importância, a todas as coisas fracas que não podes deixar de ver aí. Amo-te por trazeres para fora, toda a riqueza aqui escondida, que nunca ninguém tinha olhado por tempo suficiente para a descobrir.
Tu tiveste a capacidade para descobrir-me…
Tiveste capacidade para te tornares especial, alguém em quem confio. Nunca pedes nada em troca... isto sim é amizade! E como esta não há muitas, pois não se ganham de um dia para o outro. Vai-se conquistando, aos poucos e poucos, e vai crescendo cada vez mais!

(Adriana Veloso)

Duas Meninas

Duas meninas se cruzaram,
Muitas alegrias partilharam.
Recordações foram guardadas
E elas afastadas!


Duas meninas se reaproximaram,
Muitas tristezas dividiram.
Ali ficam paradas
Graças a dores nunca curadas!

Duas meninas que têm um caminho incerto
Mas que estão sempre por perto!
Ambas com o coração partido
Por alguém ter fugido.

Duas meninas que juntas choram
E muito imploram:
Para que esta amizade não acabe.
Pois morreriam de saudade!

(Adriana Veloso)

Começar do zero...

Mais uma noite e não consigo dormir. Mas tudo bem… já não importa. A verdade é que também preciso deste tempo pois tenho de pensar e aprender. O que aconteceu comigo? Deixei-me ir a baixo! Estou no meio do deserto… ninguém virá resgatar-me, ninguém me encontra, eu própria não me encontro!

Olho-me ao espelho todas as manhãs. E o que vejo não sou eu. Mas mesmo assim, não abandono o meu espelho. Não sei porque o faço… ele não me irá dizer o que quero ouvir, ele não dirá nada, não fará com que nada disto mude. Estou muito próxima da loucura… Não me consigo entender mas também não consigo mudar. Penso que “iremos” falar sempre com o nosso espelho, pois ele é o nosso reflexo (reflexo das nossas atitudes) e nunca nos mentirá!

Agora, tento manter os meus olhos abertos, mas quando caio na realidade, fecho-os! Será que haverá uma luz que me irá iluminar? (apenas a mim, ninguém mais) … Essa luz pode ajudar-me a encontrar o meu caminho, seguir as minhas regras e aceitar o meu destino. Não posso mudar nada, mas posso sempre começar um novo inicio. Irei começar do ZERO, não tenho nada a perder nem preciso de me provar a ninguém.

Um dia, irei voar para bem longe, sem certezas de que irei voltar!

(Adriana Veloso)

Uma questão de sobrevivência

Escrevo todas estas palavras para tentar dizer-te o quanto significas para mim. Não, não consigo esquecer aquela manhã ou a tua cara como se estivesses prestes a partir, e estavas! Sim, eu percebi que aquela seria a última vez que estaríamos juntos. Calei para não estragar o momento.

O mundo parou, viraste-me as costas, as palavras esgotaram… mas o meu coração continua a bater velozmente. Agora não esqueço o amanhã, quando penso no fim: pensar que te tive e deixei-te ir. Pensar que não puxei a tua mão e não te disse a palavra que ainda hoje está presa na minha garganta. Todos a gritam com tanta facilidade. E eu, que apenas a queria sussurrar ao teu ouvido, não consegui fazer com que a escutasses.

Não posso nem quero voltar atrás e mudar o que fizemos. Não posso ter aquela paixão de volta nem fugir de mim. Agora apenas tenho a certeza que te amo um pouco menos do que te amei.

Será que o teu coração ainda bate? Será que ainda sonhas em aprender violino? Será que sentes falta das tequilas? Será que queres voltar a Portugal? Será que precisas de mim? Não tenho resposta para nenhuma destas perguntas! A expectativa de que algum dia estarás aqui para tirar todas as minhas dúvidas, faz-me acreditar numa verdade surreal.

O tempo, aos poucos e poucos, leva embora a esperança de encontrar algum amor em ti. Sei que cada quilómetro irá valer cada segundo do meu tempo. Não quero saber da distância, não sei como, mas serei forte. Já não importa o que diga ou faça, não receberás a mensagem, agora o único som que podes ouvir é o partir do meu coração.

Aqui estou de volta, de volta à escuridão. Estou profundamente desiludida. Mas nunca terás o prazer de ver as minhas lágrimas. Pois, por fora, não choro mais.

Não te ver, mata-me por dentro. Tudo o que tenho a fazer é ESQUECER! Neste momento, quero acordar e saber para onde vou… não sou uma heroína nem um anjo para aguentar tudo isto, sou apenas uma rapariga que tenta amar. Sonho com o dia em que possa dizer que te esqueci, dia esse em que me sentirei livre, em que voltarei a sorrir.

Isto, não é desistir, é apenas uma questão de sobrevivência!

(Adriana Veloso)