Calada enquanto o coração fala

Destruí um direito com que um dia sonhei, senti-o perto do peito, mas não o alcancei. Dei asas à imaginação, dei (-me) permissão para sonhar, fantasio, idealizo novas páginas na escrita, recomeço novas histórias.

Como não tenho coragem para dizer o que me vai no coração, vou escrever, porque escrever é viver de emoção. Muitas vezes, sinto-te sem querer, mesmo que não digas nada posso entender-te. Peço que também me entendas quando calo o que sinto, apetece-me gritar, mas o vento sufoca as minhas palavras, tornando-as mudas para alguns, ensurdecedoras para mim. As palavras são boas de ouvir, mas a mim custam-me a sair.

Esta noite, vou pintar os sentimentos com purpurina, vou escrever com letras bem grandes… Esta noite, as minhas palavras estão a brilhar, vou guardá-las até ao dia em que terei coragem para no teu ouvido as sussurrar.

(Adriana Veloso)

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